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O que é Fobia?

É importante diferenciar primeiramente o medo de uma verdadeira fobia. O medo geralmente não impede o indivíduo de realizar as suas atividades, a despeito do desconforto. Contudo, pode às vezes evoluir para uma fobia, considerada como um Transtorno de Ansiedade, cuja causa é multifatorial. As causas são diversas para o surgimento dos medos e das fobias, podendo ser geradas por fatores genéticos, neuroquímicos, socioculturais, tipo de personalidade e eventos de vida como traumas psicológicos. Muitas vezes as fobias são decorrentes de eventos em que o indivíduo experimentou expressivo medo no passado. Lugares, circunstâncias ou sensações associados ao trauma podem disparar a memória do evento e mecanismos de alerta como se a situação traumática estivesse acontecendo ou por acontecer, como um sistema que visa a sobrevivência. As emoções se superpõem à razão e as áreas límbicas são mais atuantes que as áreas envolvidas em processos de racionalização.

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Tratamento da Ansiedade | O que é Ansiedade?

A ansiedade é um estado emocional comum – geralmente associado à incerteza, dúvidas, medo e vulnerabilidade – e provavelmente tenha sido selecionada como um importante fator para a preservação da espécie humana. O estado ansioso é definido como um comporta mento de alterações físicas (taquicardia, sudorese, hiperventilação, aumento da pressão arterial) e psíquicas (apreensão, inquietude, alerta). Portanto, a ansiedade pode ser considerada normal ou patológica, a depender da intensidade e da freqüência das manifestações acima citadas. A relação ansiedade vs desempenho deixa de ser vantajosa quando a geração de informações do próprio encéfalo “inunda” as vias sensoriais com prejuízo do processamento perceptual dos dados gerados pelo mundo físico, impedindo a formulação de novas hipóteses, sínteses e comportamentos adaptativos. A etiologia (causa) do Transtorno de Ansiedade (expressão patológica da ansiedade) é tida como multifatorial. Fatores genéticos, socioculturais, tipo de personalidade e eventos de vida (dificuldades financeiras, conflitos, morte súbita de entes queridos, demissão, divórcio) estão envolvidos no surgimento dos Transtornos Ansiosos.

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Espiritualidade e saúde mental

O interesse sobre a espiritualidade e a religiosidade sempreexistiu no curso da história humana e recentemente a ciência tem investigado o tema. No começo dos anos 1960 os
estudos eram dispersos e nesse período surgiram os primeiros periódicos especializados, entre os quais o Journal of Religion and Health.

A partir de então, estudos realizados sobre espiritualidade e religiosidade em amostras específicas (por exemplo, enfermidades graves, depressão, transtornos ansiosos) mostraram pertinência quanto à investigação do impacto dessas práticas na saúde mental e na qualidade de vida. Aqui veremos algumas contribuições do binômio espiritualidade e saúde às pessoas que buscam a psicoterapia.

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PTSD and CHRONIC PAIN

Exposure to traumatic stressors and psychological trauma is widespread, with a wide range of cognitive and behavioral responses/outcomes among trauma survivors [1]. The association of traumatic exposures with posttraumatic stress disorder (PTSD) and other mental health conditions is well known [2]. Although traumatic events are associated with PTSD in the literature, traumatized people do not meet DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th Edition) criteria for PTSD in many cases and often present a range of psychoform or somatoform symptoms [3]. Considerable overlap in symptoms and disease comorbidity has been noted for medically unexplained symptoms in the primary care setting, such as chronic fatigue syndrome, low back pain, irritable bowel syndrome, primary headaches, fibromyalgia (FM), temporomandibular joint disorder, major depression, panic attacks, and PTSD [4]. It is not unusual for patients presenting with chronic pain to describe significant levels of distress, including PTSD symptomatology. One of the first studies in this field was conducted in the past decade and investigated chronic pain patterns inVietnamveterans with PTSD. Those reporting chronic pain showed significantly higher somatization than the others [5].

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Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia

Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia

Crenças e práticas religiosas/espirituais constituem uma parte importante da cultura e dos princípios utilizados para dar forma a julgamentos e ao processamento de informações. O conhecimento e a valorização de tais sistemas de cren-ças colaboram com a aderência do indivíduo à psicoterapia e promovem melhores resultados. Contudo, nem todas as abordagens encontraram um ajuste desse tema em suas intervenções e os diversos conceitos sobre religiosidade/espiritualidade dificultam essa importante interface. Neste artigo, trazemos os conceitos mais coerentes e acessíveis para facilitar o diálogo profissional no âmbito terapêutico. Discutimos o impacto da subjetividade, dos estados de consciência e das percepções influenciadas pela religiosidade/espiritualidade na saúde mental e a importância de a psicoterapia voltar-se a clientes e respectivos sistemas de crenças, desenvolvendo modelos que mobilizem esperança e potencializem suas capacidades de superação. A despeito da atual distância entre estudos controlados e práticas clínicas, discutimos a integração das dimensões espirituais/religiosas na psicoterapia com profissionalismo ético, conhecimento e habilidades para alinhar as informações coletadas ao benefício do cliente. Considerando que apenas 7,3% da população brasileira não têm religião e a escassez de abordagens e psicoterapeutas que contemplem a religiosidade/espiritualidade, apontamos a relevância de investigações sobre o tema e que as propostas psicoterápicas sejam testadas em ensaios clínicos.

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Psychological dynamics affecting traumatic memories: Implications in psychotherapy

The search to understand response to trauma has turned to the contribution of personality factors. The way people process the stressor event is critical in determining whether a trauma will be configured or not. Neuroscience shows that the brain does not store memories, but traces of information that are later used to create memories, which do not always express a completely factual picture of the past experience. Whenever an event is retrieved, it may undergo a cognitive and emotional change. Psychological dynamics – emotional interpretative tendency that affects the internal dialogue related to a meaningful event – may influence the development of positive or negative outcomes after stressor events.We postulate that therapists must see beyond the traumatic event itself and work with the internal dialogues that maintain the pathological relationship with the past episode. Thus, they may better treat traumatized patients by therapeutically rebuilding the memory. A brief clinical case is presented to show how exposure-based and cognitive restructuring therapy may help trauma victims experience psychological growth from their negative experiences, by fostering healthy psychological dynamics.

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Achados da neuroimagem em transtorno de estresse pós-traumático e suas implicações clínicas

Estudos com neuroimagem vêm replicando alguns achados relevantes ao entendimento de anormalidades neuroanatômicas, estruturais e funcionais associadas ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A dificuldade em sintetizar, categorizar e integrar a memória traumática em uma narrativa pode estar relacionada à relativa diminuição do volume e ativação do hipocampo, à diminuição na atividade do córtex pré-frontal, do cíngulo anterior e da área de Broca. O mecanismo deficiente de extinção da resposta ao medo e à desregulação emocional estão possivelmente relacionados à menor atividade cortical pré-frontal, implicado na atenuação do feedback negativo da atividade da amígdala. Tais memórias traumáticas não-hipocampo/pré-frontal dependentes são involuntariamente acessadas, apresentam-se fragmentadas sensorialmente, sem estrutura narrativa desenvolvida e tendem a permanecer com expressão emocional intensa e sensações vívidas. Processos psicoterapêuticos, baseados em exposição e reconstrução cognitiva, podem estimular as faculdades cognitivas e integrativas do encéfalo correspondentes às estruturas encontradas como deficitárias em indivíduos com TEPT. Nessa perspectiva, a memória poderá perder intensidade emocional, ser cognitivamente mais organizada e ainda, esvaecer-se com o tempo. Outras implicações dos achados da neuroimagem são discutidas no âmbito psicoterapêutico, assim como, as perspectivas de futuros estudos com neuroimagem no Brasil. Palavras-chave: Neuroimagem, pré-frontal, hipocampo, memória traumática, transtorno de estresse pós-traumático, trauma, estresse, psicoterapia.

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Promovendo resiliência em vítima de trauma psicológico

A exposição a eventos estressores e violentos ocorre com relativa freqüência em grande parte da população. A busca pela compreensão das respostas ao trauma está voltada também para a contribuição dos fatores da personalidade. A maneira como os indivíduos processam o evento estressor é crítica para a determinação ou não do trauma. O encéfalo não armazena propriamente registros factuais, mas traços de informações que serão usados para recriar memórias, as quais nem sempre expressam um retrato completamente fidedigno da experiência passada. Sempre que um evento traumático é recordado, este pode submeter-se a mudanças cognit ivas e emocionais. Postulamos que os psicoterapeutas devem trabalhar, além do evento traumático em si, os diálogos internos que mantêm a relação patológica com o episódio passado. A exposição imaginária e a reestruturação cognitiva.

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Eu e o outro: neurônios-espelho

O interesse de neurocientistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, filósofos, antropólogos e outras áreas da ciência a respeito dos neurônios-espelho é cada vez mais expressivo. Prova disso é o número crescente de publicações (489 até julho de 2006, segundo PubMed), além da organização de simpósios, congressos e eventos sobre o tema, como o seminário on-line intitulado O significado dos neurônios-espelho, realizado em 2004, com três meses de intensas discussões a respeito de cinco artigos relevantes (de Vittorio Gallese; Pierre Jacob; Marc Jeannerod; Gergely Csibra; Alvin Goldman e Susan Hurley). Os recentes achados sobre os neurônios-espelho e suas implicações na psicoterapia de indivíduos com traumas psicológicos e nos processos de reabilitação de traumas encefálicos em estado de consciência mínima serão discutidos neste artigo. A propriedade espelho de certos neurônios foi descoberta na Universidade de Parma quando o acaso novamente “conspirou” a favor da Ciência. O investigador Fogassi entrou no laboratório e, no campo de visão de um macaco submetido a um estudo neurofisiológico, fez um gesto ao acaso para alcançar uma uva, similar ao que o animal desempenhava durante certas tarefas. Os outros investigadores observaram nesse instante a ativação dos mesmos neurônios no cérebro do macaco, sem que ele fizesse a sua conhecida tarefa motora. Pesquisas similares que monitoram disparos de neurônios durante uma tarefa motora foram realizadas simultaneamente em muitos outros laboratórios e, entre os méritos dos pesquisadores italianos, estão o registro do fenômeno e a capacidade de identificá-lo, uma vez que este não estava entre os objetivos do estudo original. Depois dessa observação surpreendente, pesquisas neurofisiológicas conduzidas por Rizzolatti e colegas (1996, 2000, 2001) “retrataram” a existência de uma classe de neurônios visuais-motores no córtex premotor de macacos, nomeados neurônios-espelho. Esses neurônios são ativados quando uma ação particular é executada ou quando o macaco observa a mesma ação sendo executada por um outro indivíduo.

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Spirituality and Resilience in Trauma Victims

Abstract The way people process stressors is critical in determining whether or not trauma will be experienced. Some clinical and neuroimaging findings suggest that posttraumatic stress disorder patients experience difficulty in synthesizing the traumatic experience in a comprehensive narrative. Religiousness and spirituality are strongly based on a personal quest for understanding of questions about life and meaning. Building narratives based on healthy perspectives may facilitate the integration of traumatic sensorial fragments in a new cognitive synthesis, thus working to decrease post-traumatic symptoms. Given the potential effects of spiritual and religious beliefs on coping with traumatic events, the study of the role of spirituality in fostering resilience in trauma survivors may advance our understanding of human adaptation to trauma. Keywords Religiousness Æ Spirituality Æ Resilience Æ Trauma Æ Stress Æ PTSD.

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