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Dicas para se sentir melhor em uma crise de fobia de avião.

A auto-indução de relaxamento com foco na respiração tranqüila apoiada por pensamentos de superação (ex: Eu me sinto tranqüilo e seguro… Tudo está bem agora e assim continuará… Sou capaz e supero a mim mesmo…) também ajuda. A explicação é simples: quando hiperventilamos (respiração ofegante, ansiosa) provocamos alterações do oxigênio na corrente sanguínea, favorecendo progressiva confusão mental e como decorrência, exacerbação do medo. Por outro lado, quando mantemos a respiração tranqüila nos sentimos mais seguros, confiantes e com o controle preservado. Enfatizo também aos meus pacientes que nós construímos sobre o que temos e não sobre o que nos falta, e por isso, o processo terapêutico envolve o resgate das memórias de superação e auto-eficácia. Uma boa dica é resgatar o repertório de vitórias (conquistas de objetivos no campo familiar, profissional, escolar, esportivo, etc.) em outros períodos da vida. Tais lembranças podem mobilizar novas associações para o fortalecimento da auto-imagem corajosa e vencedora. Por exemplo, certa vez um paciente lembrou-se de como ele superou o medo de escuro na infância e a mesma estratégia o ajudou a superar o medo de viajar de avião: “enfrentei o escuro passo a passo, acendendo e apagando a luz do meu quarto. Eu me convenci que o meu quarto continuava em ordem quando apagava a luz, até que consegui dormir no escuro sentindo que tudo estava bem”. Consciente dessa estratégia bem sucedida, o paciente fez o mesmo para superar o medo de viajar de avião. Ele enfrentou o aeroporto, vôos curtos sem tranqüilizantes e gradativamente foi se expondo a vôos mais longos até que se convenceu que estava tudo bem. Chamamos esse processo de dessensibilização (retirar a sensibilidade). Esse método favorece a diminuição gradativa da hipersensibilidade existente a uma condição fóbica por meio da exposição suave e contínua, que permite ao paciente fortalecer a percepção do controle e vitória sobre si mesmo.

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