Atualmente, observa-se na literatura psicológica ênfase crescente do tema espiritualidade. Contudo, a diversidade de conceitos acerca da espiritualidade foi observada como um aspecto crucial da dificuldade para abordar o tema na psicoterapia. Pontuamos no artigo seminal Peres et al., Religiosidade, Espiritualidade e Psicoterapia, Revista de Psiquiatria Clínica, a importância de tornar os conceitos religião e espiritualidade mais coerentes e acessíveis, facilitando o diálogo profissional no contexto terapêutico. Adotamos aqui as definições de Koenig (2001), que conceitua religião como um sistema organizado de crenças, práticas, rituais e símbolos projetados para auxiliar a proximidade do indivíduo com o sagrado e/ou transcendente, e ESPIRITUALIDADE como uma busca pessoal de respostas sobre o significado da vida e o relacionamento com o sagrado e/ou transcendente.