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Achados da neuroimagem em transtorno de estresse pós-traumático e suas implicações clínicas

Estudos com neuroimagem vêm replicando alguns achados relevantes ao entendimento de anormalidades neuroanatômicas, estruturais e funcionais associadas ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A dificuldade em sintetizar, categorizar e integrar a memória traumática em uma narrativa pode estar relacionada à relativa diminuição do volume e ativação do hipocampo, à diminuição na atividade do córtex pré-frontal, do cíngulo anterior e da área de Broca. O mecanismo deficiente de extinção da resposta ao medo e à desregulação emocional estão possivelmente relacionados à menor atividade cortical pré-frontal, implicado na atenuação do feedback negativo da atividade da amígdala. Tais memórias traumáticas não-hipocampo/pré-frontal dependentes são involuntariamente acessadas, apresentam-se fragmentadas sensorialmente, sem estrutura narrativa desenvolvida e tendem a permanecer com expressão emocional intensa e sensações vívidas. Processos psicoterapêuticos, baseados em exposição e reconstrução cognitiva, podem estimular as faculdades cognitivas e integrativas do encéfalo correspondentes às estruturas encontradas como deficitárias em indivíduos com TEPT. Nessa perspectiva, a memória poderá perder intensidade emocional, ser cognitivamente mais organizada e ainda, esvaecer-se com o tempo. Outras implicações dos achados da neuroimagem são discutidas no âmbito psicoterapêutico, assim como, as perspectivas de futuros estudos com neuroimagem no Brasil. Palavras-chave: Neuroimagem, pré-frontal, hipocampo, memória traumática, transtorno de estresse pós-traumático, trauma, estresse, psicoterapia.

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Promovendo resiliência em vítima de trauma psicológico

A exposição a eventos estressores e violentos ocorre com relativa freqüência em grande parte da população. A busca pela compreensão das respostas ao trauma está voltada também para a contribuição dos fatores da personalidade. A maneira como os indivíduos processam o evento estressor é crítica para a determinação ou não do trauma. O encéfalo não armazena propriamente registros factuais, mas traços de informações que serão usados para recriar memórias, as quais nem sempre expressam um retrato completamente fidedigno da experiência passada. Sempre que um evento traumático é recordado, este pode submeter-se a mudanças cognit ivas e emocionais. Postulamos que os psicoterapeutas devem trabalhar, além do evento traumático em si, os diálogos internos que mantêm a relação patológica com o episódio passado. A exposição imaginária e a reestruturação cognitiva.

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Eu e o outro: neurônios-espelho

O interesse de neurocientistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, filósofos, antropólogos e outras áreas da ciência a respeito dos neurônios-espelho é cada vez mais expressivo. Prova disso é o número crescente de publicações (489 até julho de 2006, segundo PubMed), além da organização de simpósios, congressos e eventos sobre o tema, como o seminário on-line intitulado O significado dos neurônios-espelho, realizado em 2004, com três meses de intensas discussões a respeito de cinco artigos relevantes (de Vittorio Gallese; Pierre Jacob; Marc Jeannerod; Gergely Csibra; Alvin Goldman e Susan Hurley). Os recentes achados sobre os neurônios-espelho e suas implicações na psicoterapia de indivíduos com traumas psicológicos e nos processos de reabilitação de traumas encefálicos em estado de consciência mínima serão discutidos neste artigo. A propriedade espelho de certos neurônios foi descoberta na Universidade de Parma quando o acaso novamente “conspirou” a favor da Ciência. O investigador Fogassi entrou no laboratório e, no campo de visão de um macaco submetido a um estudo neurofisiológico, fez um gesto ao acaso para alcançar uma uva, similar ao que o animal desempenhava durante certas tarefas. Os outros investigadores observaram nesse instante a ativação dos mesmos neurônios no cérebro do macaco, sem que ele fizesse a sua conhecida tarefa motora. Pesquisas similares que monitoram disparos de neurônios durante uma tarefa motora foram realizadas simultaneamente em muitos outros laboratórios e, entre os méritos dos pesquisadores italianos, estão o registro do fenômeno e a capacidade de identificá-lo, uma vez que este não estava entre os objetivos do estudo original. Depois dessa observação surpreendente, pesquisas neurofisiológicas conduzidas por Rizzolatti e colegas (1996, 2000, 2001) “retrataram” a existência de uma classe de neurônios visuais-motores no córtex premotor de macacos, nomeados neurônios-espelho. Esses neurônios são ativados quando uma ação particular é executada ou quando o macaco observa a mesma ação sendo executada por um outro indivíduo.

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Spirituality and Resilience in Trauma Victims

Abstract The way people process stressors is critical in determining whether or not trauma will be experienced. Some clinical and neuroimaging findings suggest that posttraumatic stress disorder patients experience difficulty in synthesizing the traumatic experience in a comprehensive narrative. Religiousness and spirituality are strongly based on a personal quest for understanding of questions about life and meaning. Building narratives based on healthy perspectives may facilitate the integration of traumatic sensorial fragments in a new cognitive synthesis, thus working to decrease post-traumatic symptoms. Given the potential effects of spiritual and religious beliefs on coping with traumatic events, the study of the role of spirituality in fostering resilience in trauma survivors may advance our understanding of human adaptation to trauma. Keywords Religiousness Æ Spirituality Æ Resilience Æ Trauma Æ Stress Æ PTSD.

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Espiritualidade Restauradora

O mosaico de variáveis constituintes da natureza humana – não completamente conhecido pela ciência – promove uma ampla gama de respostas cognitivas e comportamentais entre as vítimas de traumas psicológicos. Isso se deve em parte pelas incontáveis possibilidades de processamentos de eventos estressores, o que afeta criticamente a configuração ou não do trauma. Pesquisadores mostraram uma forte relação entre o trauma psicológico e o desenvolvimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), Transtorno Depressivo, Transtorno de Personalidade, Transtorno Somatoforme, fobias específicas e fobia social, auto mutilação, suicídio, comportamentos de alto risco e abuso de substâncias (como drogas e álcool).  Embora as memórias traumáticas sejam em maior parte associadas ao TEPT na literatura, um grande número de pessoas traumatizadas não preenchem os critérios diagnósticos ao TEPT ou outros transtornos psiquiátricos. Essas pessoas podem apresentar o TEPT parcial ou (subsindrômico) – correspondentes a 30% da população – e a superação face ao trauma?

Seriam esses fatores úteis no tratamento de pacientes traumatizados?  Para respondê-las, pelo menos parcialmente, trazemos as contribuições dos estudos mais recentes sobre um tema que sempre existiu no curso da história humana, a despeito de diferentes épocas ou culturas: a espiritualidade e a religiosidade.

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Cerebral blood flow changes during retrieval of traumatic memories before and after psychotherapy: a SPECT study

Background. Traumatic memory is a key symptom in psychological trauma victims and may remain vivid for several years. Psychotherapy has shown that neither the psychopathological signs of trauma nor the expression of traumatic memories are static over time. However, few studies have investigated the neural substrates of psychotherapy-related symptom changes.

Method. We studied 16 subthreshold post-traumatic stress disorder (PTSD) subjects by using a script-driven symptom provocation paradigm adapted for single photon emission computed tomography (SPECT) that was read aloud during traumatic memory retrieval both before and after exposure-based and cognitive restructuring therapy. Their neural activity levels were compared with a control group comprising 11 waiting-list subthreshold PTSD patients, who were age- and profile-matched with the psychotherapy group.

Results. Significantly higher activity was observed in the parietal lobes, left hippocampus, thalamus and left prefrontal cortex during memory retrieval after psychotherapy. Positive correlations were found between activity changes in the left prefrontal cortex and left thalamus, and also between the left prefrontal cortex and left parietal lobe.

Conclusions. Neural mechanisms involved in subthreshold PTSD may share neural similarities with those underlying the fragmented and non-verbal nature of traumatic memories in full PTSD.

Moreover, psychotherapy may influence the development of a narrative pattern overlaying the declarative memory neural substrates.

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A espiritualidade e seus benefícios na vida diária

Vários estudos mostram como práticas espirituais podem promover bem-estar e a saúde, assim como auxiliar a superação de crises, adversidades e traumas psicológicos.

Como isso é possível?
Venha saber com o Prof. Dr. Julio Peres no próximo workshop!
Carga Horária: 3 horas.
Valor: R$ 120,00
Local e Endereço:
Clínica Julio Peres
Rua Maestro Cardim, 887 – São Paulo – CEP 01323-001

Diagnóstico e tratamento das várias faces do trauma psicológico.

Apresentação

A proposta deste curso pretende atender à demanda de capacitação desta área, principalmente no âmbito da saúde.
O curso será realizado em 4 Módulos de dois dias (sexta e sábado das 9:00h as 17:00h) intercalados por dois meses. Os alunos deverão cumprir 12 horas de estudos em grupos durante o intervalo entre os Módulos.

Público Alvo
Psicólogos e Psiquiatras e estudantes das respectivas áreas
Seleção
Análise de Curriculum Vitae e Carta de intenção
Valor
R$ 480,00 por Módulo