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Novas Fronteiras da Psicoterapia

As raízes da psicologia remontam à Grécia Antiga, onde o filósofo Aristóteles (384-z22a.C) escreveu o livro Acerca da alma, citado muitas vezes como o primeiro manual sobre o tema. A proposta original desta ciência era compreender o espírito – do latim spiritus, que significa sopro, respiração. A limitação dos métodos do passado favoreceu o distanciamento entre a psicologia em relação ao estudo do “não-palpável”, e a medicina, com seus métodos para investigação do corpo (do latim corpus: parte essencial).
Assim, a decisão de Freud de confinar suas investigações à arena mental ocorreu somente depois que ele desistiu de traduzir as observações clínicas dos processos mentais em termos neurológicos, convencido de que as ferramentas da época não permitiam tal realização.

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Pesadelos Pós-trauma

Estudos sistemáticos sobre traumas psicológicos proliferaram no mundo a partir de 1980 com o conceito nosológico do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e os respectivos critérios diagnósticos inseridos no DSM-III. O interesse pelo TEPT vem aumentando substancialmente e evidencia-se pelo crescimento do número de publicações e de estudos controlados em andamento, pelo surgimento de periódicos e congressos dedicados ao tema e pela atividade associativa entre profissionais e pesquisadores. Assim como as memórias traumáticas, os pesadelos crônicos pós-trauma são sintomas centrais do TEPT. Em função da complexidade e difícil compreensão do universo onírico, acreditou-se no passado que os sonhos eram fruto de processamentos caóticos e aleatórios do sistema nervoso central (SNC). Os pesadelos recorrentes pós-trauma contrapõem a teoria de ativações corticais aleatórias, evidenciando padrões específicos de sonhos. De fato, a ativação dos substratos neurais relativos às expressões recorrentes de pesadelos idênticos não pode ser explicada por uma atividade cortical aleatória.

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Após o trauma, a Superação

A exposição a situações traumáticas tem sido constante ao longo de toda a História da humanidade. Na literatura, na arte e nas mais diversas áreas é incontável o número de indivíduos que, em algum momento, registraram um quadro de sofrimento traumático. Entre as principais sequelas psicológicas causadas pelo impacto de experiências traumáticas estão os medos especí-ficos, que se tornam condicionados a qualquer aproximação semelhante ao trauma. Recordações aflitivas, revivescência do trauma (pesadelos, pensamentos intrusivos, memórias traumáticas recorrentes), esquiva/entorpecimento emocional (distanciamento afetivo, anestesia emocional) e hiperestimulação autonômica (irritabilidade, insônia, hipervigilância), entre outros sintomas, podem ser indicadores do Transtorno  de Estresse Pós-Traumático (TEPT).

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Traumatic memories: bridging the gap between functional neuroimaging and psychotherapy

Objective: Neuroimaging studies have highlighted important issues related to structural and functional brain changes found in sufferers of psychological trauma that may influence their ability to synthesize, categorize, and integrate traumatic memories.Methods: Literature review and critical analysis and synthesis.

Results: Traumatic memories are diagnostic symptoms of post-traumatic stress disorder(PTSD), and the dual representation theory posits separate memory systems subserving vivid re-experiencing (non-hippocampally dependent) versus declarative autobiographical memories of trauma (hippocampally dependent). But the psychopathological signs of trauma are not static over time, nor is the expression of traumatic memories. Multiple memory systems are activated simultaneously and in parallel on various occasions. Neural circuitry interaction is a crucial aspect in the development of a psychotherapeutic approach that may favour an integrative translation of the sensory fragments of the traumatic memory into a declarative memory system.

Conclusion: The relationship between neuroimaging findings and psychological approaches is discussed for greater efficacy in the treatment of psychologically traumatized patients.

Key words: multiple memory systems, neuroimaging, neuroscience, psychotherapy, traumatic memory.Australian and New Zealand Journal of Psychiatry 2008; 42:478488.

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Retratos do trauma

Com relativa freqüência pessoas de ,variadas idades e classes sociais são expostas a eventos violentos que ameaçam sua vida. A maioria de nós passou ou passará por situações dolorosas, de expressivo impacto psicológico, como perdas de entes queridos, acidentes e doenças. O National Comorbity Study estima que cerca de 60% da população enfrenta ao longo da vida pelo menos uma vivência passível de causar trauma psicológico. Contudo, experiências emocionalmente devastadoras podem disparar efeitos variáveis; isto é, a caracterização de um evento como traumático não depende somente do episódio estressor, mas, entre outros fatores, de como o indivíduo percebe e processa
essa situação. Tal heterogeneidade vem motivando neurocientistas e profissionais da saúde ao estudo da fisiologia do trauma e dos por julio peres diferenciaisdas respostas resilientes – que correspondem à capacidade deatravessar eventos estressores e voltar à qualidade satisfatória de vida.Atualmente, compreende-se que traumas psicológicos podem causargrande impacto e caracterizar o transtorno de stress pós-traumático (TEPT).Entre seus sintomas estão recordações aflitivas, revivescência do trauma (pormeio de lembranças, pesadelos recorrentes e pensamentos intrusivos),esquiva, entorpecimento emocional (isolamento, distanciamento afetivo)e hiperestimulação autonômica (irritabilidade, insônia, hipervigilância).A etiologia é conhecida: o transtorno ocorre sempre após um trauma psicológico.

Portanto, existe a possibilidade de prevenção.Porém, a desinformação e o subdiagnóstico do TEPT podem implicar a proliferação de outras psicopatologias, tendo em vista que esses pacientes apresentam risco aumentado para ocorrência de um segundo transtorno (depressão, abuso de substâncias etc.).nessas condições, que também requerem cuidados terapêuticos.
A prevalência do TEPT na população geral é de aproximadamente 9%, enquanto a manifestação parcial do transtorno é calculada em 30%. Entretanto, pesquisadores têm dado atenção limitada a esse grupo sensivelmente maior de pessoas.
Interessamo-nos em estudar possíveis impactos da terapia de exposição e reestruturação cognitiva – reconhecida como o tratamento de primeira escolha para indivíduos traumatizados – quanto à atenuação dos sintomas e respectivos correlatos neurais nesse grupo de pessoas que com freqüência procura atendimento psicológico.

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Avanços na Neurologia: Revista SAÚDE

No dia 12 de maio de 2006, uma facção criminosa deu início a atentados em São Paulo que terminaram com a morte de mais de 100 pessoas — incluindo aí policiais, bandidos e muitos inocentes. Durante a onda de terror, delegacias foram atacadas e membros da Polícia Militar (PM) ficaram expostos a situações de risco extremo, que acabaram afetando a mente de muitos deles, até mesmo meses após os ataques. “Era comum encontrarmos entre esses indivíduos sintomas como recordações frequentes do ocorrido e um estado de alerta exagerado e contínuo”, lembra-se o capitão Leandro Gomes Santana, psicólogo da PM. Em outras palavras, boa parte dos patrulheiros sofria com estresse pós-traumático.

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Pais Tóxicos: Revista ISTO É

Em 1966, a inglesa Constance Briscoe, então com 9 anos, chegou da escola exultante carregando um envelope marrom, que se apressou a entregar para a mãe, Carmem. Dentro dele, fotos que a menina havia tirado na escola. Ao olhar as imagens, Carmem repetia: “Jesus amado, eu que pus isso no mundo? Deus, como ela pode ser tão feia? Feia, feia… Você quer que eu compre essas fotos?”, perguntava à filha.

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