A psicoterapia deve considerar a reencarnação

Should psychotherapy consider reincarnation?

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Júlio FP Peres 

Abstract

There is increasing recognition of the need to take into account the cultural environment and belief systems of psychotherapy patients because these values reflect basic assumptions about man’s nature and the cognitive references used to cope with psychological difficulties. Currently accepted psychotherapeutic approaches take no account of the belief in life after death held by most of the world’s population. The World Values Survey (http://www.worldvaluessurvey.org) showed that there are large numbers of reincarnationists around the world, and whatever the reasons for believing in reincarnation, psychotherapeutic approaches should not ignore this significant group of people. Respect for patient opinions and subjective realities is a therapeutic need and an ethical duty, even though therapists may not share the same beliefs. Guidelines are suggested for professionals to develop collaborative models that help patients mobilize their intrinsic intelligence to find solutions to their complaints.

Abstrato

Há um crescente reconhecimento da necessidade de levar em consideração o ambiente cultural e os sistemas de crenças dos pacientes de psicoterapia porque esses valores refletem suposições básicas sobre a natureza do homem e as referências cognitivas usadas para lidar com as dificuldades psicológicas. As abordagens psicoterapêuticas atualmente aceitas não levam em consideração a crença na vida após a morte mantida pela maioria da população mundial. A Pesquisa de Valores Mundiais (http://www.worldvaluessurvey.org) mostrou que há um grande número de reencarnacionistas em todo o mundo e, quaisquer que sejam as razões para acreditar na reencarnação, as abordagens psicoterapêuticas não devem ignorar esse grupo significativo de pessoas. O respeito pelas opiniões e realidades subjetivas do paciente é uma necessidade terapêutica e um dever ético, mesmo que os terapeutas não compartilhem das mesmas crenças.

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Entrevista Globo Reporter

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"Descubra o poder da Regressão Espiritual: Como se conectar com vidas passadas para transformar sua jornada atual" Introdução: A Regressão Espiritual é uma técnica que tem ganhado popularidade nos últimos anos por ajudar as pessoas a explorar suas vidas passadas e descobrir as lições que podem ser aplicadas no presente. Neste post, vamos explorar o que é a Regressão Espiritual, como ela funciona e como pode ser benéfica para sua jornada pessoal. O que é Regressão Espiritual? A Regressão Espiritual é uma técnica que utiliza a hipnose para ajudar as pessoas a se conectar com suas vidas passadas. Durante a sessão, o terapeuta guia o paciente para um estado de relaxamento profundo e, em seguida, para um estado de transe. Uma vez nesse estado, o paciente é capaz de se conectar com suas vidas passadas e explorar os eventos e experiências que moldaram sua jornada atual. Como funciona a Regressão Espiritual? A Regressão Espiritual funciona ao acessar a mente inconsciente, permitindo que o paciente explore seus pensamentos e emoções mais profundos. O terapeuta utiliza sugestões para guiar o paciente para uma vida passada específica, permitindo que o paciente explore as memórias e as emoções associadas a essa vida. Essa técnica pode ser usada para ajudar as pessoas a superar traumas, entender padrões de comportamento e encontrar um propósito mais significativo na vida. Benefícios da Regressão Espiritual: Existem muitos benefícios associados à Regressão Espiritual. Alguns dos benefícios incluem: Compreensão mais profunda de si mesmo e dos outros Resolução de traumas e bloqueios emocionais Melhoria da autoestima e autoconfiança Descoberta de um propósito de vida mais significativo Aumento da empatia e compaixão pelos outros Conclusão: A Regressão Espiritual é uma técnica poderosa que pode ajudar as pessoas a explorar suas vidas passadas e encontrar um significado mais profundo em suas vidas atuais. Se você está interessado em explorar esta técnica, procure um terapeuta qualificado e comece sua jornada de autoconhecimento e transformação
regressão espiritual
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Entrevista Folha Espírita

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Entrevista Folha Espirita: Deve a psicoterapia considerer a
reencarnação?


1- Qual é o limite da crença do psicólogo diante da crença do paciente?
O artigo “Deve a psicoterapia considerer a reencarnação?” (Should
psychotherapy consider reincarnation?


http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22297317), que recentemente publiquei
no Journal of Nervous and Mental Disease, discute essa importante questão.
Há um crescente reconhecimento da necessidade de se levar em conta o
ambiente cultural e os sistemas de crenças dos pacientes na psicoterapia.
Respeitar as opiniões e realidades subjetivas do paciente é uma necessidade
terapêutica e um dever ético, mesmo que os profissionais não compartilhem
das mesmas crenças. As informações obtidas na psicoterapia devem ser
sobre o que os pacientes acreditam, o que exige conhecimento de
estratégias objetivas para otimizar o enfrentamento e a superação de suas
dificuldades com base neste sistema de crenças.


2- A população brasileira está aberta aos conceitos reencarnacionistas?
Há dados sobre a crença na reencarnação em outros países?


Sim. Em todo o mundo há um grande número de pessoas que crêem na
reencarnação. Segundo dados do World Values Survey, tal crença é
professada por 22,6% da população nos países nórdicos, 27% na Europa
Ocidental, 20,2% na Europa Oriental; já nos Estados Unidos o número chega
a 27% (Gallup, 2003) e no Brasil apenas 44% da população não acredita na
reencarnação (Data Folha, 2007).


3- Como as abordagens psicoterápicas trabalham com pacientes que
acreditam em vida após a morte?
Os métodos usados em reconhecidos enfoques psicoterapêuticos, tais como
o behaviorismo de Watson, psicanálise de Freud, ou a terapia cognitivacomportamental de Beck não levam em conta a crença na vida após a morte,
professada pela maior parte da população mundial (World Values Survey). A
crescente experiência no âmbito psicológico aponta para a importância do
surgimento de abordagens terapêuticas não-dogmáticas que levem em conta
e valorizem as realidades sócio-culturais das grandes e pequenas
comunidades. Muitas pessoas acreditam que as suas atuais dificuldades
possam estar relacionadas a ocorrências traumáticas em vidas anteriores. É
fundamental que os psicoterapeutas respeitem essas crenças subjetivas
trazidas pelos pacientes. Assim como qualquer pessoa pode procurar
tratamento psicológico alinhado aos seus valores e crenças, a reencarnação
deve ser levada em conta pelos psicoterapeutas, que devem procurar
formação adequada em abordagens coerentes e eficazes sem misticismo ou
práticas divinatórias, tal como mostrei no artigo “Should psychotherapy
consider reincarnation?” – conforme nossos conhecimentos, a primeira
publicação científica sobre a interface equilibrada entre reencarnação e
psicoterapia.


4- Trabalhar com a crença dos pacientes favorece melhor resultado em
tratamentos psicoterápicos?
Certamente! Parte fundamental da cultura, as crenças religiosas têm papel
importante na formação de juízos e no processamento de informações,
auxiliando muitas pessoas a organizarem ou compreenderem eventos
dolorosos, caóticos e imprevisíveis que podem gerar sintomas diversos. O
coping (manejo) religioso é muito utilizado no enfrentamento de eventos
traumáticos e na maioria das vezes, conforme experiência clínica e centenas
de publicações, o efeito é favorável a superação. Por exemplo, a crença na
reencarnação – envolve um ciclo contínuo de aprendizado e evolução através
das vidas sucessivas – é encontrada ao longo da história humana em
diferentes épocas e culturas. Do ponto de vista dos pacientes
reencarnacionistas, as dificuldades são transitórias e podem ser superadas
quando suas lições que as adversidades trazem são absorvidas.


5- Em quais momentos a religião pode interferir negativamente na vida
do indivíduo?
O coping religioso pode também trazer efeitos negativos em alguns casos,
quando por exemplo, o indivíduo acredita que está sendo castigado por
Deus, ou que merece sofrer porque fez algo imperdoável. Por isso, os
profissionais devem estar preparados para o bom manejo terapêutico dos
sistemas de crenças que podem tanto favorecer o sofrimento quanto a
promoção da saude e do crescimento.

  1. Quais os riscos que os pacientes correm com profissionais sem
    formação para abordar adequadamente a reencarnação durante a
    psicoterapia?
    Infelizmente o risco é importante. Recentemente um artigo no The New York
    Times (Lisa Miller) afirmou que o interesse na reencarnação está em
    ascensão, e os responsáveis pela divulgação não são monges ou teólogos,
    mas terapeutas. Esta notícia nos indica uma abertura terapêutica saudável,
    mas também uma preocupação com ‘falsos-terapeutas’ ou profissionais que
    não possuem um treinamento clínico adequado para conduzir a psicoterapia.
    Atribuir significados aos sintomas de ansiedade, desajuste, fobia específica
    ou estresse pós-traumático, alinhados aos conteúdo de vidas passadas – se
    essa for a crença do paciente – pode favorecer a atenuação ou libertação dos
    sintomas.
    7- Há linhas de pesquisas que investigam a reencarnação? Quais as
    principais?
    Além dos estudos sobre lembranças espontâneas de crianças de suas vidas
    passadas (Stevenson, 1974; Haraldsson et al., 1975; Stevenson, 1987;
    Haraldsson, 1991; Stevenson, 2000; Tucker, 2005; Keil et al., 2005), várias
    outras linhas de pesquisa têm encontrado evidências sugerindo vida após a
    morte, incluindo-se lembranças traumáticas espontâneas de vidas anteriores
    com marcas congênitas correspondentes (Stevenson, 1993; Stevenson, 1997;
    Keil et al., 2000 ; Stevenson, 2001; Pasricha et al., 2005), xenoglossia
    (conhecimento de um idioma não aprendido, Stevenson; 1984), casos
    terapêuticos de regressão com detalhes verificáveis (Wambach, 1978),
    experiências de quase morte e experiências fora do corpo com detalhes
    verificáveis (Morse et al., 1991; Greyson, 2000; Van Lommel, 2001; Athappilly
    et al., 2006; Greyson, 2007), e psicografias recebidas via médiuns com
    detalhes particulares não conhecidos do médium e dos familiares vivos antes
    de receberem as mensagens psicografadas (Severino, 1994). Contudo, a
    psicoterapia não tem como objetivo provar algo, mas deve considerar a crença
    dos pacientes, independentemente das razões que os levam a acreditar em
    reencarnação, tais como: vestígios da era pré-cristã, influências de
    escrituras/filosofias ocidentais e asiáticas, necessidade de encontrar uma
    explicação plausível para questões existenciais, experiências e recordações
    pessoais de vidas passadas, ou enquadre cognitivo para lidar com a dor da
    perda de entes queridos. Como todos, os reencarnacionistas buscam
    tratamentos psicológicos que levem seus sistemas de crenças em
    consideração. Aceitar a realidade subjetiva e os pontos de referência do
    próprio indivíduo que busca auxílio são preditores de resultados terapêuticos
    satisfatórios.
  2. Qual a opinião dos conselhos de classe sobre abordar as crenças
    religiosas dos pacientes em psicoterapia?
    Diante das centenas de artigos científicos a respeito da importancia de
    considerar a crença dos pacientes, o Conselho Federal de Psicologia em
    nota pública esclarece que “A Psicologia é uma ciência que reconhece que a
    religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição da
    dimensão subjetiva de cada um de nós”. Vale ressaltar que, a integração da
    crença reencarnacionista durante a psicoterapia requer profissionalismo,
    conhecimento e capacidade de alinhar as informações coletadas sobre os
    valores do paciente para o benefício do seu processo terapêutico.
  3. De que forma o psicólogo pode abordar a questão da reencarnação
    com seus pacientes?
    Estar confortável para abordar com o paciente temas sobre espiritualidade e
    religiosidade como a reencarnação é o primeiro de uma série de passos para
    que o processo terapêutico siga as diretrizes éticas. Iniciaremos em agosto
    de 2012 o curso Reencarnação e Psicoterapia: como abordar eticamente as
    crenças espirituais dos pacientes que buscam psicoterapia (veja programa
    completo em www.julioperes.com.br). Entre outras perguntas frequentes dos
    psicoterapeutas, esclarecemos no curso: Quais são os limites profissionais
    quando temas religiosos e/ou espirituais são trazidos? Como psicólogos
    podem discutir reencarnação com seus pacientes? Quais são os riscos e as
    contra-indicações desta prática? Temos como objetivo fornecer aos
    psicoterapeutas conhecimento e treinamento de estratégias/manejo para
    abordar eticamente os pacientes reencarnacionistas que buscam psicoterapia
    e otimizar o enfrentamento de suas dificuldades com base neste sistema de
    crenças.
    10- Para quem o curso Reencarnação e Psicoterapia: como abordar
    eticamente as crenças espirituais dos pacientes que buscam
    psicoterapia e dedicado e quais serão os professores?
    O curso é destinado a Psicólogos, Médicos e Estudantes das respectivas
    áreas e os professores são Dra. Maria Julia Prieto Peres, Dra. Juliane Prieto
    Peres Mercante e Dr. Jul
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Entrevista CRP

Entrevista Dr Julio Peres concedida ao Conselho Regional de Psicologia (CRP-PR)

 

  1. O psicólogo não discute a lógica da fé ou sua veracidade. Cabe-lhe apenas a tarefa de estudar como se forma, como se desenvolve e que funções desempenha na vida do indivíduo. Levando isso em consideração, qual é o limite da crença do psicólogo diante da crença do paciente?

 

O artigo “Deve a psicoterapia considerer a reencarnação? (Should psychotherapy consider reincarnation? http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22297317), que recentemente publiquei no Journal of Nervous and Mental Disease, discute essa importante questão (veja o artigo em clinicajulioperes.com.br). Há um crescente reconhecimento da necessidade de se levar em conta o ambiente cultural e os sistemas de crenças dos pacientes na psicoterapia. Respeitar as opiniões e realidades subjetivas do paciente é uma necessidade terapêutica e um dever ético, mesmo que os profissionais não compartilhem das mesmas crenças. As informações obtidas na psicoterapia devem ser sobre o que os pacientes acreditam, o que exige conhecimento de estratégias objetivas para otimizar o enfrentamento e a superação de suas dificuldades com base neste sistema de crenças.

 

  1. Em quais momentos a religião pode servir como apoio? Como estabelecer essa relação sem interferir nas especificidades de uma crença?

Parte fundamental da cultura, as crenças religiosas têm papel importante na formação de juízos e no processamento de informações, auxiliando muitas pessoas a organizarem ou compreenderem eventos dolorosos, caóticos e imprevisíveis que podem gerar sintomas diversos. O coping religioso é muito utilizado no enfrentamento de eventos traumáticos e na maioria das vezes, conforme experiência clínica e centenas de publicações, o efeito é favorável a superação. Por exemplo, a crença na reencarnação – envolve um ciclo contínuo de aprendizado e evolução através das vidas sucessivas – é encontrada ao longo da história humana em diferentes épocas e culturas. Do ponto de vista dos pacientes reencarnacionistas, as dificuldades são transitórias e podem ser superadas quando suas lições que as adversidades trazem são absorvidas.

  1. Em quais momentos a religião pode interferir negativamente na vida do indivíduo?

 

O coping religioso pode também trazer efeitos negativos em alguns casos, quando por exemplo, o indivíduo acredita que esta sendo castigado por Deus, ou que merece sofrer porque fez algo imperdoável. Por isso, os profissionais devem estar preparados para o bom manejo terapêutico dos sistemas de crenças que podem tanto favorecer o sofrimento quanto a promoção da saúde e do crescimento.

  1. Quais os riscos que os pacientes correm com profissionais sem formação para abordar adequadamente a religiosidade durante a psicoterapia?

 

Infelizmente o risco é importante. Recentemente um artigo no The New York Times (Lisa Miller) afirmou que o interesse na reencarnação está em ascensão, e os responsáveis pela divulgação não são monges ou teólogos, mas terapeutas. Esta notícia nos indica uma abertura terapêutica saudável, mas também uma preocupação com profissionais ou ‘falsos-terapeutas’ que não possuem um treinamento clínico adequado para conduzir a psicoterapia. Atribuir significados aos sintomas de ansiedade, desajuste, fobia específica ou estresse pós-traumático, alinhados aos conteúdo de supostas vidas passadas – se essa for a crença do paciente – pode favorecer a atenuação ou libertação dos sintomas. Assim como qualquer pessoa pode procurar tratamento psicológico alinhado aos seus valores e crenças, a reencarnação deve ser levada em conta pelos psicoterapeutas, que devem procurar formação adequada em abordagens coerentes e eficazes sem misticismo ou práticas divinatórias.

  1. De que forma o psicólogo pode abordar a questão da religião com seus pacientes?

 

Estar confortável para abordar com o paciente temas sobre espiritualidade e religiosidade como a reencarnação é o primeiro de uma série de passos para que o processo terapêutico siga as diretrizes éticas. No artigo “Deve a psicoterapia considerer a reencarnação?” mostrei que em todo o mundo há um grande número de pessoas que crêem na reencarnação. Segundo dados do World Values Survey, tal crença é professada por 22,6% da população nos países nórdicos, 27% na Europa Ocidental, 20,2% na Europa Oriental; já nos Estados Unidos o número chega a 27% (Gallup, 2003) e no Brasil a 37% (Data Folha, 2007). Iniciaremos em agosto de 2012 o curso Reencarnacão e Psicoterapia: como abordar eticamente as crenças espirituais dos pacientes que buscam psicoterapia (contato WhatsApp 11 975721848 ou clinicajulioperes.com.br). Forneceremos aos psicoterapeutas conhecimento e treinamento de estratégias objetivas para abordar eticamente os pacientes reencarnacionistas que buscam psicoterapia e otimizar o enfrentamento de suas dificuldades com base neste sistema de crenças. Questionamentos como psicólogos podem discutir reencarnação com seus pacientes?, quais são os limites profissionais quando temas religiosos e/ou espirituais são trazidos? entre outros serão esclarecidos no curso, assim como os riscos e as contra-indicações

desta prática. Vale lembrar que em nota pública o CFP esclarece que “A Psicologia é uma ciência que reconhece que a religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição da dimensão subjetiva de cada um de nós”. Contudo, a integração da crença reencarnacionista durante a psicoterapia requer profissionalismo, conhecimento e capacidade de alinhar as informações coletadas sobre os valores do paciente para o benefício do seu processo terapêutico.

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