sintomas da depressão

Sintomas de Depressão

Nos sintomas da depressão, os critérios de diagnósticos envolvem a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas por duas semanas (todos os dias ou quase todos os dias).

Sintomas da Depressão

Os Sintomas da Depressão são:

  • humor deprimido ou perda do interesse ou prazer:
  • Interesse ou prazer acentuadamente reduzidos;
  • Humor deprimido (tristeza);
  • Perda ou ganho significativo de peso (apetite) sem estar em dieta;
  • Insônia ou hipersonia;
  • Agitação ou retardo psicomotor;
  • Fadiga ou perda de energia, entre outros.

Um belo estudo conduzido pela norte-americana Kathleen Brady, em 1997, mostrou que a manifestação de pelo menos um outro transtorno, secundário ao trauma, foi observada em 88% dos homens e 79% das mulheres, sendo mais comuns alcoolismo e abuso de outras substâncias (maconha, cocaína, estimulantes), depressão, transtornos de conduta, transtornos de ansiedade, transtorno de pânico, fobias e quadros de mania.
Outros estudos na população americana revelam que entre as patologias co-mórbidas ao TEPT mais frequentes destacam-se: transtorno de humor, especialmente depressão (entre 46 e 51%); transtorno de ansiedade (29 a 56%); abuso/dependência de substâncias psicoativas (27 a 80%); transtorno obsessivo-compulsivo (13%).

Além destas comorbidades, pacientes com TEPT têm probabilidade três vezes maior de  apresentar sintomas de somatização (doenças psicossomáticas) e dissociação (desagregação temporária ou permanente das funções psíquicas).

Chamo a atenção para as comorbidades porque elas podem diminuir as chances de que se realize o diagnóstico do TEPT. Muitas vezes, quadros mais conhecidos, como o transtorno depressivo, são diagnosticados primeiramente.

A comorbidade depressiva merece uma atenção especial, considerando-se que:

  • Grande número de pessoas apresenta depressão (alguns estudos a apontam em quatro entre cada dez pessoas).
  • Conforme a Organização Mundial de Saúde, é a segunda causa de incapacidade no trabalho (a projeção é que, até 2020, seja a primeira da lista).
  • Apenas 10% das pessoas deprimidas recebem tratamento adequado.

Em outras palavras, depressão é a doença mental mais comum no mundo. Os critérios diagnósticos envolvem a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas por duas semanas (todos os dias ou quase todos os dias), incluindo humor deprimido ou perda do interesse ou prazer:

  • Interesse ou prazer acentuadamente reduzido.
  • Humor deprimido (tristeza).
  • Perda ou ganho significativo de peso (apetite) sem estar em dieta.
  • Insônia ou hipersonia.
  • Agitação ou retardo psicomotor.
  • Fadiga ou perda de energia.

Enfim, se você percebe os sintomas da depressão, procure por um profissional e um tratamento.
Julio Peres
Dr. Julio Peres – Psicólogo clínico e Doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Fez Pós-doutorado no Center for Spirituality and the Mind, University of Pennsylvania e na Radiologia Clínica – Diagnóstico de Imagem pela UNIFESP. Para saber mais entre em contato pelo e-mail: contato@julioperes.com.br ou por
telefone: (11) 3288-6523.

_tratamento da depressão

Inadequação e adequação no tratamento da depressão

A depressão é a principal causa de morte precoce, que afeta 15% dos americanos com mais de 65 anos e a inadequação dos tratamentos pode levar a uma crise de saúde pública nos próximos anos.

Maior atenção tem sido dada a eficácia do tratamento que integra psicoterapia, medicamentos e exercícios físicos. Um estudo multicêntrico recentemente realizado em Universidades da California – EUA – mostrou que um programa de exercícios de curto prazo, que consiste de 30 min em conjunto com a psicoterapia individual e medicamentos adequados foi uma intervenção eficaz para pacientes com depressão.

Dr Julio Peres coordena na Clinica Julio Peres o Programa de Cuidados a Pacientes com Depressão baseado nas ultimas pesquisas realizadas no âmbito da Psicologia, da Psiquiatria e das Neurociências. O Programa considera além da psicoterapia, a combinação adequada entre exercícios físicos e consultas psiquiátricas para administração de medicamentos indicados com dosagem adequada.

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O que é tristeza profunda? Quem está triste pode chegar a depressão?

A tristeza profunda é uma expressão natural aos seres humanos e se manifesta especialmente diante de uma perda (morte de um ente querido, separação conjugal, distanciamento de um filho, etc.). Caso esse evento doloroso configure um trauma psicológico e o mesmo se tornar crônico, a tristeza profunda pode evoluir à depressão. O trauma psicológico pode também ocorrer sem que o indivíduo tenha consciência da magnitude de certos eventos por ele vivenciados, acompanhados de profunda tristeza e de sintomas similares à depressão. Nesse sentido, deve-se buscar ajuda especializada para tratar o trauma psicológico que causou a tristeza profunda. O Banzo (nostalgia e tristeza que provocavam a morte dos negros escravos, quando separados de suas famílias, cativos ou ausentes da África) é um exemplo histórico de tristeza profunda que levou muitos escravos para além da depressão.

Entrevista Andressa D’Amato com Dr. Julio Peres em Julho de 2011 – Matéria para Revista Plástica & Beleza

o que e depressão

O que é depressão? A doença pode ser desencadeada de uma hora para outra?

Depressão é uma doença que requer tratamento especializado. A causa da depressão é tida como multifatorial, isto é: converge vários fatores como o estilo de vida, o tipo de personalidade, a história pessoal e a predisposição genética. Não há um momento único ou específico em que a depressão comece. Muitas pessoas apresentam sintomas depressivos na infância ou na adolescência. Tenho pacientes que após uma seqüencia de eventos traumáticos na idade adulta desenvolveram o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT) e em seguida a depressão, que é uma das possíveis comorbidades do TEPT. A depressão pode também emergir lenta e gradativamente por meio de um quadro que chamamos de Burnout (combustão completa), que se dá após um período de esforço excessivo com intervalos insuficientes para recuperação. Essa síndrome tem sido cada vez mais freqüente em nossa sociedade, e pode ser decorrente de estresse profissional contínuo e/ou exaustão emocional, levando à depressão, à avaliação negativa de si mesmo e à insensibilidade com relação a quase tudo e todos.

Entrevista Andressa D’Amato com Dr. Julio Peres em Julho de 2011 – Matéria para Revista Plástica & Beleza

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Você está triste ou deprimida?

A tristeza é uma das cinco emoções naturais aos seres humanos e se manifesta normalmente diante de situações que envolvem principalmente perda, desamparo, frustração/desapontamento, fracasso e/ou exclusão/rejeição. Por outro lado, a depressão tem características neuroquímicas importantes e não depende de um evento gatilho para se manifestar enquanto uma tristeza profunda necessariamente tem sua causa relacionada a um ou mais episódios. Em poucas palavras, a tristeza passa enquanto a depressão persiste. Por exemplo, a tristeza profunda que uma pessoa vivencia ao perder um ente querido não é uma depressão. O luto é uma resposta natural, pode continuar por um ou dois anos e mesmo assim, não deve ser confundido com depressão. São vários os tipos e subtipos de depressão (ou estados depressivos). O diagnóstico dos estados depressivos deve considerar se os sintomas são primários ou secundários a traumas psicológicos, doenças, uso de drogas e medicamentos. Fatores hormonais (como o funcionamento precário da tireóide ou desbalanceamento de outros hormônios) são variáveis que devem ser consideradas para que não aconteça um falso diagnóstico. No diagnóstico da depressão são considerados os sintomas psíquicos (tristeza, angústia, autodesvalorização, culpa, diminuição da capacidade de experimentar prazer nas atividades antes consideradas agradáveis, sensação de perda de energia, dificuldade de se concentrar ou de tomar decisões), fisiológicos (alterações do sono, alterações do apetite, redução do interesse sexual) e evidências comportamentais (retraimento/isolamento social, crises de choro, comportamentos suicidas, lentificação ou agitação motora expressivas). Para ilustrar algumas diferenças entre os estados depressivos vale lembrar: a depressão pode ter características catatônicas quando a pessoa manifesta alterações da psicomotricidade (imobilidade, atividade motora excessiva, mutismo, imitação automática, etc.); a depressão pode também manifestar características psicóticas quando ocorrem delírios e alucinações (estima-se que 15% dos quadros depressivos apresentam sintomas psicóticos); as depressões crônicas são geralmente de intensidade mais leve que a depressão maior; a depressão sazonal é comum em países com estações do ano bem demarcadas, e geralmente ocorrem no outono e inverno. Curiosamente, embora a tristeza esteja entre os principais indicadores da depressão, nem todos os pacientes deprimidos manifestam essa emoção, mas especialmente a perda de energia (cansaço) e da capacidade de experimentar prazer além do desinteresse pela vida.

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Por que algumas pessoas superam rapidamente um trauma, enquanto outras caem em depressão?

Trauma DepressãoDe fato, nem todas as pessoas que passam por experiências potencialmente traumáticas se tornam psicologicamente traumatizadas. Algumas sucumbem à vitimização, ao isolamento; outras procuram ajuda, amigos, literatura; outras desenvolvem transtornos de ansiedade, como pânico, TEPT; outras, depressão; outras são resilientes.

O problema é que não sabemos quem desenvolverá seqüelas após a ocorrência traumática e por isso, a psicoterapia é recomendada com brevidade como proteção ao surgimento do Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT) e comorbidades (depressão, pânico, fobias específicas, etc.). Durante a psicoterapia as pessoas aprendem a decidir conscientemente por representações da própria realidade. O indivíduo traumatizado, diante dessa consciência, pode escolher novos significados, aprendizados e representação para o que houve no passado. Mesmo que inconscientemente, uma “escolha” foi feita por cada indivíduo que sofreu o mesmo evento estressor. Tal escolha reflete o modo como ele vai se relacionar com o acontecimento. Muitas vezes, a experiência é tão devastadora que o referencial para um posicionamento ainda precisa ser encontrado. Depressão, isolamento, amortecimento podem ser estratégias adaptativas para o encontro de uma posição, ainda não definida, diante do evento.

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Sintomas da Depressão e da tristeza profunda são muito frequentes

Os sintomas da Depressão e de uma tristeza profunda são parecidos e podem trazer confusão aos leigos.
Como exemplo, após a separação conjugal, uma paciente apresentou tristeza profunda com sintomas idênticos à depressão (tristeza, perda de energia, insônia e dificuldade de se concentrar por duas semanas). Contudo, com o tratamento da depressão e sem medicamentos ela superou o sofrimento após três meses de psicoterapia.
Isso não aconteceria se ela manifestasse a depressão, e portanto, o diagnóstico diferencial deve ser feito por profissionais especializados.

Sintomas da Depressão

Sintomas da Depressão e da tristeza profunda são muito frequentes
Os critérios diagnósticos da depressão envolvem a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas por duas semanas (todos os dias ou quase todos os dias):
• Interesse ou prazer acentuadamente reduzidos.
• Humor deprimido (tristeza).
• Perda ou ganho significativo de peso (apetite) sem estar em dieta.
• Insônia ou hipersonia.
• Agitação ou retardo psicomotor.
• Fadiga ou perda de energia.
• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva.
• Capacidade reduzida de pensar ou concentrar-se.
• Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida.

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Tristeza – uma pessoa que está triste pode chegar a depressão?

A tristeza profunda é uma expressão natural aos seres humanos e se manifesta especialmente diante de uma perda (morte de um ente querido, separação conjugal, distanciamento de um filho, etc.). Caso esse evento doloroso configure um trauma psicológico e o mesmo se tornar crônico, ela pode evoluir à Depressão.

O trauma psicológico pode também ocorrer sem que o indivíduo tenha consciência da magnitude de certos eventos por ele vivenciados, acompanhados de profunda tristeza e de sintomas similares à depressão. Nesse sentido, deve-se buscar ajuda especializada para tratar o trauma psicológico que causou a tristeza profunda. O Banzo (nostalgia e tristeza que provocavam a morte dos negros escravos, quando separados de suas famílias, cativos ou ausentes da África) é um exemplo histórico de tristeza profunda que levou muitos escravos para além da depressão.

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Depressão, o que é e quando desencadeia?

Depressão é uma doença que requer tratamento especializado. A causa da depressão é tida como multifatorial, isto é: converge vários fatores como o estilo de vida, o tipo de personalidade, a história pessoal e a predisposição genética. Não há um momento único ou específico em que a depressão comece.

Muitas pessoas apresentam sintomas depressivos na infância ou na adolescência. Tenho pacientes que após uma sequência de eventos traumáticos na idade adulta desenvolveram o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT) e em seguida a depressão, que é uma das possíveis comorbidades do TEPT. A depressão pode também emergir lenta e gradativamente por meio de um quadro que chamamos de Burnout (combustão completa), que se dá após um período de esforço excessivo com intervalos insuficientes para recuperação. Essa síndrome tem sido cada vez mais frequente em nossa sociedade, e pode ser decorrente de estresse profissional contínuo e/ou exaustão emocional, levando à depressão, à avaliação negativa de si mesmo e à insensibilidade com relação a quase tudo e todos.