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Neuroimaging during Trance State: A Contribution to the Study of Dissociation

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O quanto a neurociência pode ajudar a psicologia?

Exames de neuroimagem apontam alterações nos casos de estimulação mental de lembrança de eventos traumáticos?

A Neurociência tem demonstrado que a psicoterapia pode além de atenuar ou desconstruir o sofrimento, modificar o funcionamento cerebral. Publicamos dois estudos brasileiros que investigaram os efeitos neurobiológicos da psicoterapia através da neuroimagem funcional (Psychological Medicine 2007 e Journal of Psychiatric Research 2011). Os estudos mostraram que à medida que a classificação cognitiva (narrativa) se desenvolve as expressões fragmentadas sensoriais e emocionais (característica do trauma) diminuem. O sofrimento diminuiu, enquanto ocorria a atribuição de um novo significado para a experiência, apenas nos indivíduos submetidos à psicoterapia em comparação ao grupo controle (não submetido à psicoterapia). A maior ativação relativa no córtex pré-frontal, encontrada nos exames pós-psicoterapia indica melhor atividade do indivíduo quanto à capacidade para sintetizar, categorizar e integrar a memória traumática em uma nova perspectiva de aprendizado. Nossos estudos mostraram que quando as pessoas verbalizam seus sofrimentos de maneira orientada na psicoterapia elas reconstroem, re-classificam o evento traumático e diminuem gradativamente a expressão desregulada dos circuitos emocionais. A construção de pontes entre a psicoterapia e a neuroimagem deve continuar para favorecer a compreensão e a lapidação de tratamentos eficazes das pessoas psicologicamente traumatizadas.

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Achados da neuroimagem em transtorno de estresse pós-traumático e suas implicações clínicas

Estudos com neuroimagem vêm replicando alguns achados relevantes ao entendimento de anormalidades neuroanatômicas, estruturais e funcionais associadas ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A dificuldade em sintetizar, categorizar e integrar a memória traumática em uma narrativa pode estar relacionada à relativa diminuição do volume e ativação do hipocampo, à diminuição na atividade do córtex pré-frontal, do cíngulo anterior e da área de Broca. O mecanismo deficiente de extinção da resposta ao medo e à desregulação emocional estão possivelmente relacionados à menor atividade cortical pré-frontal, implicado na atenuação do feedback negativo da atividade da amígdala. Tais memórias traumáticas não-hipocampo/pré-frontal dependentes são involuntariamente acessadas, apresentam-se fragmentadas sensorialmente, sem estrutura narrativa desenvolvida e tendem a permanecer com expressão emocional intensa e sensações vívidas. Processos psicoterapêuticos, baseados em exposição e reconstrução cognitiva, podem estimular as faculdades cognitivas e integrativas do encéfalo correspondentes às estruturas encontradas como deficitárias em indivíduos com TEPT. Nessa perspectiva, a memória poderá perder intensidade emocional, ser cognitivamente mais organizada e ainda, esvaecer-se com o tempo. Outras implicações dos achados da neuroimagem são discutidas no âmbito psicoterapêutico, assim como, as perspectivas de futuros estudos com neuroimagem no Brasil. Palavras-chave: Neuroimagem, pré-frontal, hipocampo, memória traumática, transtorno de estresse pós-traumático, trauma, estresse, psicoterapia.

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Cerebral blood flow changes during retrieval of traumatic memories before and after psychotherapy: a SPECT study

Background. Traumatic memory is a key symptom in psychological trauma victims and may remain vivid for several years. Psychotherapy has shown that neither the psychopathological signs of trauma nor the expression of traumatic memories are static over time. However, few studies have investigated the neural substrates of psychotherapy-related symptom changes.

Method. We studied 16 subthreshold post-traumatic stress disorder (PTSD) subjects by using a script-driven symptom provocation paradigm adapted for single photon emission computed tomography (SPECT) that was read aloud during traumatic memory retrieval both before and after exposure-based and cognitive restructuring therapy. Their neural activity levels were compared with a control group comprising 11 waiting-list subthreshold PTSD patients, who were age- and profile-matched with the psychotherapy group.

Results. Significantly higher activity was observed in the parietal lobes, left hippocampus, thalamus and left prefrontal cortex during memory retrieval after psychotherapy. Positive correlations were found between activity changes in the left prefrontal cortex and left thalamus, and also between the left prefrontal cortex and left parietal lobe.

Conclusions. Neural mechanisms involved in subthreshold PTSD may share neural similarities with those underlying the fragmented and non-verbal nature of traumatic memories in full PTSD.

Moreover, psychotherapy may influence the development of a narrative pattern overlaying the declarative memory neural substrates.

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