destaque_materia_38

Como tratar e superar o Pânico?

Para dissipar o Pânico, muitas pessoas têm buscado a psicoterapia que confere significativos resultados de superação. A psicoterapia busca dissecar e trabalhar as associações estabelecidas entre eventos traumáticos e os respectivos sistemas de crenças (conscientes e inconscientes) relacionadas ao pânico. Os efeitos terapêuticos são em boa parte, decorrentes do ‘aprendizado de extinção’, que estabelece novas e saudáveis respostas mediante os estímulos que causavam o pânico, mesmo que aparentemente imperceptíveis.

Trata-se de um processo ativo de aprendizado pelo qual o indivíduo organiza sua cognição com experiências gradativas de enfrentamento consciente, gerando uma nova associação saudável em detrimento da anterior. A psicoterapia permitirá a identificação das raízes/causas do pânico e também ensinará exercícios que fortalecerão o seu controle cognitivo em situações que disparam as crises. Voce aprendera estratégias como a auto-indução de relaxamento com foco na respiração tranquila apoiada por pensamentos de superação como ‘Eu me sinto tranquilo e seguro’, ‘Tudo está bem agora e assim continuará’, ‘Sou capaz e supero a mim mesmo’. Quando hiperventilamos (respiração ofegante, ansiosa) provocamos alterações do oxigênio na corrente sanguínea, favorecendo progressiva confusão mental e, como decorrência, exacerbação do medo. Por outro lado, quando mantemos a respiração tranqüila nos sentimos mais seguros, confiantes e com o controle preservado.

Outra boa dica é resgatar o repertório de vitórias em outros períodos da vida (conquistas de objetivos no campo familiar, profissional, escolar, esportivo, etc.). Tais lembranças podem mobilizar novas associações para o fortalecimento da auto-imagem corajosa e vencedora. Voce também enfrentara o medo de ter medo aos poucos no processo de Dessensibilização (retirar a sensibilidade). Esse método favorece a diminuição gradativa da hipersensibilidade por meio da exposição suave e contínua, que permite ao paciente fortalecer a percepção do controle e vitória sobre si mesmo.

destaque_materia_20

O que é Síndrome do Pânico?

O Transtorno do Pânico (também chamado de Síndrome do Pânico) caracteriza-se por ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas físicos e afetivos, que podem variar em frequência e intensidade. Afeta em torno de 4% da população, sendo duas vezes mais frequente em mulheres que homens.

O pânico pode ser decorrente de uma constelação de fatores, tais como: vivências traumáticas conscientes ou inconscientes, estados continuos de ansiedade e insegurança, fatores neurofisiologicos como distúrbios da serotonina, abuso de substâncias excitantes lícitas ou ilícitas (cafeína, cocaína, etc.) e herdabilidade genética. Os ataques de pânico duram em sua expressão mais aguda aproximadamente 10 minutos e os sintomas associados a descarga adrenérgica (tremores, formigamento, hiperventilação, taquicardia, suor, confusão mental, etc.) desaparecem em torno de uma hora.

Os ataques de Pânico podem ter vários gatilhos associados a traumas conscientes e inconscientes. A despeito da acessibilidade da consciência, a maioria das memórias obedece a processos associativos: um estímulo ou conjunto de estímulos associa-se com outras respostas e situacoes. Assim, algumas dicas do ambiente podem reverberar memorias (conscientes ou inconscientes) em que o indivíduo experimentou expressivo medo no passado. Lugares, circunstâncias ou sensações associados ao trauma podem disparar a memória do evento e mecanismos de alerta como se a situação traumática estivesse acontecendo ou por acontecer, como um sistema que visa a sobrevivência.

As emoções se superpõem à razão e as áreas límbicas são mais atuantes que as áreas envolvidas em processos de racionalização, e assim a pessoa se percebe sem o controle da situação.