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Comunicação com os mortos

Embora o estudo de experiências espirituais tenha sido negligenciado pelos cientistas no século passado, atualmente diferentes linhas de pesquisa estão se associando rumo à compreensão da consciência e da dissociação mediúnica.

Veja a matéria completa sobre Neuroespiritualidade, com participação do Dr. Julio Peres para a revista Psique, clicando no link abaixo ou na imagem:
Estudo Neuroimagem Psicógrafos PSIQUE

 

Comunicação com os MORTOS

A pergunta “O que a neuroimagem revelaria sobre a suposta comunicação espiritual?”, por alguns anos, revisitou minha mente até realizarmos o presente estudo. Encontramo-nos na Filadélfia  a, em julho de 2008, com dez médiuns brasileiros, no Centro de Radiologia e Medicina Nuclear da Universidade da Pensilvânia, para investigar, por meio da neuroimagem, a interessante prática da psicografia! a em que, supostamente, “o espírito escreve por meio da mão do médium”.

Na ocasião, também realizamos um documentário sobre o tema e formulamos duas perguntas às pessoas que circulavam aleatoriamente pela prestigiosa universidade: “Você acredita na comunicabilidade espiritual?

Por quê?”.

A despeito de muitos aceitarem essa hipótese, em geral, enquanto a primeira resposta “sim” era seguida da explicação“por experiências pessoais e/ou

A mediunidade é definida como uma experiência na qual o médium alega manter comunicação com uma pessoa falecida sob o seu controle.

A despeito de muitos aceitarem essa hipótese, em geral, enquanto a primeira resposta “sim” era seguida da explicação “por experiências pessoais e/ou por uma questão de fé”, a resposta “não” era seguida pela declaração “não existem dados científicos que comprovem”.

Respostas assim também justificaram a presente investigação. Embora o estudo de experiências espirituais como a mediunidade tenha sido negligenciado pelos cientistas no século passado, atualmente, diferentes linhas de pesquisa estão se associando rumo à compreensão aprofundada da consciência e da dissociação mediúnica

A mediunidade, fenômeno espiritual relatado com frequência em diversas culturas ao longo da história, é definida como uma experiência na qual o médium alega manter comunicação com a mente de uma pessoa falecida ou estar sob o seu controle. Essas experiências são, em geral, dissociativas, com manifestações de automatismo

motor, sensorial ou cognitivo (exemplo: relatar/escrever pensamentos supostamente gerados por espíritos). Assim, não surpreende que o estudo da mediunidade tenha sido crucial para o desenvolvimento das ideias sobre os processos inconscientes e/ou dissociativos.

Por exemplo, o estudo clássico de Pierre Janet sobre a dissociação, de 1889, examinou vários médiuns; a tese de doutorado de Carl Jung envolveu um estudo de caso mediúnico; e William James pesquisou a médium Leonore Piper. A psicografia é uma das muitas formas dissociativas da expressão mediúnica. “Médiuns escreventes” alegam escrever sob a influência de espíritos e muitos escritos psicografados tiveram impacto em comunidades em todo o mundo.

Continue lendo em  https://www.boavontade.com/pt/forum-mundial-espirito-e-ciencia/o-impacto-do-primeiro-estudo-mundial-sobre-neuroimagem-e-comunicacao-espirit

 

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Psicoterapia e Espiritualidade na superação de traumas

O Dr. Julio Peres deu uma entrevista para o site BoaVontade.com e contou sobre a sua participação no evento que acontece no dia 12 de agosto em Brasília.

“Vou abordar as estratégias de superação e que envolvem naturalmente um importante domínio abordado mais recentemente com muita propriedade no setting terapêutico, que é a Espiritualidade. Via de regra, os nossos estudos e de outros centenas de colegas mostram que, na maioria das vezes, a Espiritualidade, a Religiosidade, favorece a superação de traumas no setting terapêutico também”, contou Dr. Julio.

O Painel Temático do Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, edição 2015 terá a entrada franca e quem participar ganhará um certificado de participação.

Serviço
Evento: Painel Temático do Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, edição 2015.
Data: 12 de agosto (quarta-feira)
Horário: das 13 horas às 17h20
Local: ParlaMundi da LBV
Endereço: 915 Sul, em Brasília/DF (ao lado do Templo da Boa Vontade)
Informações: (61) 3114-1070

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Espiritualidade e a Ciência trabalhando juntas

PARADOXO CIENTÍFICO

A extensa experiência como psicólogo e pesquisador em neurociências destaca Julio Fernando Prieto Peres como respeitada referência nacional e internacional no campo da psicoterapia. Seu trabalho trouxe importante contribuição para ajudar a compreender a natureza do trauma e encontrar maneiras integradoras de superação. Em outro campo, sua linha de pesquisa a respeito da comunicação espiritual mostrou pela primeira vez o que acontece no cérebro durante a psicografia e abriu as portas para profissionais da área compreenderem melhor o tema sem polêmicas. Atualmente, Julio Peres concilia sua atividade clínica em São Paulo com o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre resiliência e espiritualidade. Nesta entrevista ao JORNALZEN, ele trata desses assuntos, entre outros que abordará no 9º Congresso Transpessoal Internacional, de 4 a 7 de setembro, em Salvador (BA).

O que o levou a se interessar pela relação entre psicoterapia e espiritualidade?

Tenho a alegria de ser psicólogo com 25 anos de prática clínica e desde o início observei que aproximadamente 60% dos meus pacientes relatavam experiências espirituais significativas em suas vidas. Vale lembrar que tais experiências são consideradas relativamente comuns na população geral. A motivação de acolher e valorizar as vivências espirituais dos meus pacientes resultou em aprendizados importantes compartilhados em minhas publicações científicas. Entre os relatos no campo da espiritualidade que mais me chamaram atenção estão as manifestações mediúnicas, tema que se tornou uma de minhas linhas de pesquisa como clínico e neurocientista.

Como especialista nesse assunto, a que conclusões chegou com os estudos sobre a psicografia e os fenômenos mediúnicos?

Por alguns anos, a pergunta “O que a neuroimagem revelaria sobre a suposta comunicação espiritual?” revisitou minha mente até realizarmos o primeiro estudo mundial a respeito. Levamos dez médiuns brasileiros à Universidade da Pensilvânia, onde receberam um marcador radioativo para captar a atividade cerebral durante a escrita normal e durante a prática da psicografia em estado de transe. Em particular, os médiuns mais experientes apresentaram escores significativamente mais elevados de complexidade do texto psicografado, o que normalmente exigiria mais atividade nos lobos frontais e temporais, e este não foi o caso. As áreas relacionadas ao planejamento mostraram menor atividade durante a psicografia em comparação com a escrita fora do transe mediúnico. Os conteúdos gerados durante as psicografias foram mais complexos que os produzidos no estado fora do transe e envolveram princípios éticos e espirituais. Os médiuns referem que “a autoria dos textos psicografados foi dos espíritos comunicantes e não pode ser atribuída a seus próprios cérebros”, sendo essa hipótese plausível entre as várias possibilidades de compreendermos esses primeiros achados. Devemos continuar expandindo essa importante linha de pesquisa

Qual o impacto da religiosidade na qualidade de vida das pessoas, e como se dá o papel da espiritualidade na superação de traumas?

A crença religiosa constitui uma parte importante da cultura, dos princípios e dos valores utilizados pelas pessoas para dar forma a julgamentos e ao processamento de informações. O conhecimento e a valorização dos sistemas de crenças

das pessoas colaboram com a adesão dos pacientes à psicoterapia, assim como melhores resultados das intervenções. Contudo, nem todas as abordagens encontraram um ajuste do tema em suas intervenções terapêuticas e mais estudos devem acontecer para isso. As crenças e as práticas espirituais e religiosas são fortemente baseadas em buscas pessoais para compreender o significado da vida, o relacionamento com o sagrado e o transcendente. Nesse sentido, as práticas religiosas podem ter uma influência importante no modo como as pessoas interpretam e lidam com os eventos traumáticos, promovendo percepções e comportamentos resilientes associados ao amparo. A espiritualidade e a religiosidade podem equipar as pessoas para responderem às situações em que se veem face a face com os limites do poder e do controle humanos quando confrontados com suas vulnerabilidades

Como avalia a proposta de nosso jornal, voltada para o autoconhecimento?

Considero bela e frutífera esta iniciativa que convida os leitores a reflexões aprofundadas sobre temas relevantes alinhados à construção de significativa melhor qualidade de vida.

Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores?

ara os nossos leitores? Em breve teremos o congresso Florescer da Consciência, que será uma ótima oportunidade para estarmos juntos e compartilhar nossas contribuições uns com os outros. Estou certo de que será um lindo evento.

Clique aqui para ver a entrevista completa.