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A psicoterapia tem ajudado muitas pessoas no tratamento da ansiedade patológica.

A psicoterapia aplicada a indivíduos com padrões de comportamentos ansiosos aprendidos busca dissecar e trabalhar as associações estabelecidas e respectivos sistemas de crenças disfuncionais ao momento atual de vida. A identificação de tais processos associativos no âmbito terapêutico nem sempre é imediata, especialmente quando estão envolvidas memórias complexas que abrangem outras memórias e, portanto, outras redes associativas. Observamos em nossos estudos com neuroimagem funcional que a explicação neurobiológica do tratamento eficaz de indivíduos com Transtornos Ansiosos por meio da psicoterapia sugere que novos traços de memória se formam em um cérebro plástico, substituindo as conexões anteriores que produziam reações de ansiedade. Oriento também aos meus pacientes lições de casa que atenuam significativamente a ansiedade. Por exemplo, o treinamento de manejo da ansiedade consiste no aprendizado e exercício de um conjunto de comportamentos e táticas cognitivas para aumentar a capacidade de controlar as respostas emocionais associadas às situações que disparam ansiedade. Outras ferramentas terapêuticas são importantes no processo de tratamento da ansiedade, tais como: técnicas de visualização e relaxamento, automonitoração da ansiedade por meio de escala analógica de 0 (ausência) a 100 (máximo); exposição gradual de situações ansiogênicas, entre outras.

A seguir alguns dos vários possíveis sintomas da ansiedade: confusão mental, dificuldade de concentração, estreitamento perceptual, perturbações de memória, pesadelos, apreensão, irritabilidade, raiva, alterações cardiovasculares (aumento da frequência cardíaca), excitação, estado de alerta e hiperatividade, fadiga, insônia, problemas de saúde (somatizações como, por exemplo, dor de cabeça, desconfortos gástricos, diarreia, dor de estômago, náusea etc.), transpiração intensa, tremores, conflitos de relacionamentos sociais, perturbações familiares e prejuízo do desempenho profissional.

O livro, “Trauma e Superação: o que a psicologia, a neurociência e a espiritualidade ensinam”, apresenta as possibilidades de se viver bem, após experiências traumáticas.
“Um convite ao aprendizado mais íntimo por meio de reflexões sobre a natureza humana, sobre exemplos de vida, a maneira como percebemos e criamos o mundo no qual vivemos, as contribuições da psicologia e da neurociência e especialmente sobre sua própria vivência”, essa é a definição do autor sobre a obra.

Abordando conceitos de traumas, de percepção, de memória, de personalidade, de espiritualidade e religiosidade, de saúde, psicoterapia especializada e superação, o livro responde questões sobre a magnitude dos acontecimentos e sua capacidade de desencadeamento de traumas, além de apontar os fatores que caracterizam os traumas, e quais são os processos e mecanismos capazes de promover sua superação.

Dividido em 15 capítulos, o livro explica o que é trauma e como reconhecê-lo, memória traumática, a capacidade das palavras em significar e resignificar as histórias pessoais, como a percepção de mundo de cada indivíduo influencia a vivência de fatores potencialmente traumáticos, o funcionamento dos neurônios espelhos, o peso da personalidade diante de eventos capazes de causar intenso sofrimento, e o conceito de resiliência.

Evento complexo, os acontecimentos com potencial traumático têm se intensificado nas últimas décadas graças às crescentes taxas de violência somadas aos altos índices de estresse e solidão verificados nas metrópoles. A intervenção terapêutica especializada pode atenuar ou mesmo libertar o paciente de sofrimentos, angústias, ansiedade, depressão e outros sintomas decorrentes de episódios traumáticos.

Apesar da notoriedade desses assuntos na sociedade atualmente, Peres – experiente pesquisador, com artigos publicados nos mais importantes jornais, revistas e sites especializados em psicologia e neurociência ao redor do mundo – constatou a carência de informações científicas disponíveis sobre o assunto no Brasil. Isso motivou a concepção e realização do livro, cujo objetivo é compartilhar com os leitores, não somente da classe médica, as mais recentes descobertas relacionadas à neurociência e trauma psicológico para assim, fornecer instrumentos de estudos e práticas clínicas para superação do sofrimento advindos de experiências profundamente dolorosas, e que por vezes não são percebidas de forma evidente.

Na obra, Dr. Julio relata como o sofrimento desperta em muitas pessoas a necessidade de busca e reflexão a respeito de qualidade de vida superior àquela vivenciada antes dos eventos estressores. Ilustrado por casos de pacientes que passaram por eventos potencialmente traumáticos atendidos em seu consultório, o livro auxilia profissionais de saúde mental e pessoas que passaram por situações semelhantes às relatadas em seu trabalho e processo de superação.

Através desses exemplos de vida, o livro “Trauma e Superação: o que a psicologia, a neurociência e a espiritualidade ensinam” descortina os possíveis caminhos para significar e resignificar a dor, de maneira a torná-la um aprendizado capaz de fortalecer e desenvolver a personalidade.

Mesmo tratando de eventos vivenciados individualmente, o livro atenta para a necessidade de cada cidadão que forma a sociedade, fazendo dela um corpo vivo, assumir sua parcela de responsabilidade na minimização dos eventos potencialmente traumáticos, de modo a tornar o mundo um lugar melhor para se viver.
Relacionando psicologia, neurociência, trauma e suas ramificações à espiritualidade (sempre num sentido de elevação da consciência), Dr. Julio revela em seus estudos a correlação entre experiências traumáticas e transtornos somatoformes (doenças psicossomáticas), pânico, ansiedade, depressão, dores crônicas, às vezes negligenciadas ou confundidas com stress no dia a dia, e o papel da espiritualidade no resultado final do tratamento que juntamente com as práticas da psicoterapia, leva o paciente à superação.

Você pode adquirir um exemplar ligando para: 11  3288 6523 ou 11 3284 8929

Assista o vídeo onde o Dr. Julio Peres apresenta seu Livro.

A tristeza é uma das cinco emoções naturais aos seres humanos e se manifesta normalmente diante de situações que envolvem principalmente perda, desamparo, frustração/desapontamento, fracasso e/ou exclusão/rejeição. Infelizmente, muitas pessoas confundem uma tristeza profunda com depressão.

Tenho pacientes que após evento(s) traumático(s) manifestaram tristeza profunda por longo período antes do processo terapêutico. Por exemplo, a perda de entes queridos é considerada por muitos como a tristeza mais profunda que o ser humano pode vivenciar. Os sintomas de tristeza aguda pela perda de entes queridos são de fato similares àqueles observados em pessoas com depressão.

Contudo, ainda que os enlutados possam preencher os indicadores do transtorno depressivo, nem por isso esses critérios indicam um transtorno. Saliento que o trauma psicológico pode também ocorrer sem que o indivíduo tenha consciência da magnitude de certos eventos por ele vivenciados, os quais desencadeiam sintomas similares à depressão. As crianças, em especial, podem desenvolver alterações comportamentais decorrentes de situações que os próprios pais consideram “normais”, como uma rotina de muitas atividades, pouco contato com os pais em casa, um susto em que a criança vivenciou extremo desamparo, surras severas, entre outros eventos. Nesses casos, as alterações abruptas de comportamento destoantes da dinâmica saudável anterior comunicam que está acontecendo uma dificuldade emocional. Deve-se atentar, por exemplo, à perda ou ao ganho de peso acentuado sem motivo aparente, à agressividade, à enurese noturna (voltar a fazer xixi na cama), à encoprese (evacuar sem controle do esfíncter), à introversão (quando a criança apresentava alegria e espontaneidade), ao isolamento, ao desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas etc.

A ansiedade é um estado emocional comum – geralmente associado à incerteza, dúvidas, medo e vulnerabilidade – e provavelmente tenha sido selecionada como um importante fator para a preservação da espécie humana. O estado ansioso é definido como um comporta mento de alterações físicas (taquicardia, sudorese, hiperventilação, aumento da pressão arterial) e psíquicas (apreensão, inquietude, alerta). Portanto, a ansiedade pode ser considerada normal ou patológica, a depender da intensidade e da freqüência das manifestações acima citadas. A relação ansiedade vs desempenho deixa de ser vantajosa quando a geração de informações do próprio encéfalo “inunda” as vias sensoriais com prejuízo do processamento perceptual dos dados gerados pelo mundo físico, impedindo a formulação de novas hipóteses, sínteses e comportamentos adaptativos. A etiologia (causa) do Transtorno de Ansiedade (expressão patológica da ansiedade) é tida como multifatorial. Fatores genéticos, socioculturais, tipo de personalidade e eventos de vida (dificuldades financeiras, conflitos, morte súbita de entes queridos, demissão, divórcio) estão envolvidos no surgimento dos Transtornos Ansiosos.